domingo, 27 de junho de 2010

Festa de São João

Nessa última quarta-feira, dia 24 de junho, véspera de São João, saímos pra rua por volta das nove horas da noite e, sem saber dos costumes juninos da região, fomos surpreendidos por muitas fogueiras queimando, cada vizinho da rua preparou a sua fogueira. Descobrimos então que se tratava de uma homenagem que anunciava o nascimento de São João Batista e que isso se repetia em toda a cidade. Mas, na nossa rua, a antiga Rua dos Currais, a homenagem não parou por ai, a criançada aproveitou a badalação da véspera de feriado para soltar muita bombinha até tarde da noite e acabar com o nosso sossego!

No dia seguinte, o dia de São João, a ansiedade por conhecer a famosa festa junina nordestina era ainda maior, mesmo após a experiência de conhecer uma festa de quadrilha típica, na nossa própria rua, que nos pegou de surpresa entre os jogos de fase de grupos da Copa do Mundo. Extasiados com a quantidade de informações e emoções (e ao mesmo tempo sem planos definidos), recebemos um convite e, embalados pelos festejos juninos, fomos conferir o São João de Caruaru.

Agora sim sabemos por que a celebração em Caruaru se destaca entre as comemorações do nordeste. Pense numa festa boa! É um resgate às antigas tradições, com muita brincadeira, musica, dança, arte e fartura de comida e bebida típica. Um forrobodó aconchegante do começo ao fim, com um cenário pra lá de colorido e muito, muito romantismo no ar!


autores: Patrícia Barilari e Saulo Moraes

fotografia: Patrícia Barilari e Saulo Moraes

segunda-feira, 31 de maio de 2010

De Barriga Cheia

Quem não gosta de viajar e provar os mais diversos pratos típicos da região? Nós, como grandes apreciadores de uma boa culinária, não pudemos deixar de cair de boca nas delícias nordestinas.

Prazeres que vão desde um simples cuscuz até a famosa buchada de bode, passando pelo pirão, macaxeira, arroz de leite, feijão de corda, manteiga de garrafa, inhame, angu, carne de bode, carne de sol e por aí vai a lista dessa rica gastronomia.

Eu, particularmente, ainda não tive estomago para me aventurar num prato de buchada, mas comer cuscuz com leite e carne de charque no café da manhã já não me espanta mais.

Por falar em café da manhã, uma iguaria que não pode mais faltar à mesa de casa logo cedo é a campeã tapioca. Em casa preparamos a básica com queijo coalho, mas uma boa pedida é comer a tapioca tradicional de queijo e coco.

Como acompanhamento para o almoço, a nossa nova aliada tem sido uma deliciosa salada de alface, tomate, manga e hortelã; temperada com sal, vinagre e azeite. É uma mistura de sabores indescritivelmente boa!

Para a janta arriscamos um arrumadinho feito de feijão verde, carne de charque, farinha de mandioca, tomate e cebola; temperados com vinagre, sal a gosto e coentro. Sim, o coentro! O coentro, um tempero de sabor bem marcante, é o mais usado na culinária pernambucana.

O nordeste, famoso por suas frutas exóticas, não poderia deixar de ter uma vasta opção de sucos naturais como: umbu, caju, cajá, siriguela (eita nome engraçado!), graviola, acerola, etc. E, quando eu digo “naturais” é no sentido literal da palavra, nada de polpa batida não, é o puro sabor da fruta batida na hora, seja com leite ou com água.

Já que estamos no tópico das frutas, não posso deixar de avisar aos bons cachaceiros de que só o caju salva! Sabe aquela sensação de queimação depois de provar uma bela pinga? Nada como um pedaço de caju para aliviar.

Para finalizar, os doces... Ah, os doces! Sim, nunca se esqueça de deixar um espaço reservado para a sobremesa. Doces caseiros como o delicioso doce de banana, de mamão, de abacate, umbuzada, entre outros, preenchem o cardápio da tentação.

autora: Patrícia Barilari
fotografia: Saulo Moraes

domingo, 30 de maio de 2010

Apresentação

Janeiro de 2010, em meio às férias escolares, eu e minha companheira - arquiteta e fotógrafa Patrícia Barilari - decidimos não voltar para casa. Começamos uma vida nova num lugar bem diferente. Uma cidade no interior de Pernambuco, na região agreste do estado, chamada Santa Cruz do Capibaribe. Lugar em que meus pais, avós, bisavós e tataravós nasceram.
Posso dizer que fazemos parte de um fenômeno social. Meus pais foram para São Paulo no final da década de 70, e trinta anos depois voltei às raízes... O que não significa se adequar perfeitamente, e nem rapidamente a um lugar.
Esse espaço é para registrar as nossas memórias.


autor: Saulo Moraes
fotografia: Saulo Moraes